sexta-feira, 3 de junho de 2011

- Algo pra beber? - Uma dose de paz barata. Mas como duvido que aqui vocês tenham. Me arruma um uísque.Todo o sarcasmo entre os gritos baixos e silenciosos de socorro que saiam nas entrelinhas das frases cretinas; Era o que lhe restava, jogar dados com a própria miséria. Queria paz. De qualquer tipo; paga à vista ou a prestação, não interessava, ele apenas queria um dia que fosse sem que os próprios fantasmas o assombrassem. Por vezes ele tinha a ilusão de ter encontrado sua paz sonhada no fundo dos copos do mesmo bar de sempre, doce engano, apenas mais uma ressaca com cara de ilusão.  Metódico, saia do velho bar sempre a meia noite trocando as pernas como se esse fosse seu ritual, seu pedaço do mundo sobre rédeas firmes; Caminhava até o ponto de ônibus mais próximo e seguia pra realidade novamente; triste saber que a noite acaba, pior ainda, triste saber que não é um eterno ritual sobre rédeas de ferro. Ao menos lhe restava um cigarro. Quem sabe servisse para queimar os fantasmas. Duvido muito.
 JessicaCristina

Não vejo nada de definitivo nesse lance de amor. Quer dizer, você ama alguém porque ela é: Inteligente, companheira, carinhosa, fiel e etc. Quantas outras mil pessoas não são assim? quantas outras dezenas não te completariam? Mas você não as conhece.
O joão te completaria, mas sua turma do inglês estava cheia e ele teve que se matricular em outra;O Pedro te completaria, mas o carro dele não bateu no seu e vocês nunca trocaram telefones; O Miguel te completaria mas você não chegou a viajar nas férias para conhece-lo no avião.
Entende? Amor não se trata de uma pessoa, mas de um conjunto de circunstâncias. Uma conveniência.

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